quem sou eu, quem é você...

parenta chegou de viagem cheia de mimos p'ra mô. e mô gosta pouco né? a casa ganhou presente... o armário ganhou mais roupa. e a prateleira de makeup cresceu um pouquinho mais. ganhei camisetas da abercrombie! você já viu? já pegou? voltando à vida de dona de casa... a máquina está funcionando super bem. tá certo que ali mora uma gambiarra gigaaaante! mas funciona! aí então você descobre que tem problemas que nem imaginava... quer ver? o varal é pequeno demais. não ter tábua de passar roupa compromete o produto final. e eu não faço a mais puta ideia de como se passa um lençol com elástico! eu comprei a tv e o ponto frio [sempre ele] não confirma a compra. há mais de 48 horas. mas aí então você realiza que não tem dvd. outro problema. mas o tal cabo hdmi já existe em nossas vidas! ufa. tem frango, tem creme de leite, tem batata palha e coca zero, só não tem abridor de lata! tem vinho, mas não tem saca rolhas. problemas que a gente cria quando só queria solução! não, ninguém morre com isso. e sim, a visita deixou a listinha de coisas faltantes. my fault. eu que não comprei ainda! e a parede está um tanto melequenta porque eu ainda não domino a técnica de abrir lata com a faca. fiz caca!

vontade de chorar...

passa. certeza que passa. passa chorando! mas sério... vontade de chorar e de matar o fdp que inventou tanto modelo de tomada. pra que? praaaaaa queeeeeeee? a máquina de lavar chegou. linda. ligo na tomada e na torneira e pronto. certo? errado! a tomada não é aquela de três pinos retos, meio tortos, como toooodas. como tomada de ar condicionado. mas é essa a tomada que está lá. na parede. esperando a máquina. então tá. não cabe. cadê extensão? não tem. tem filtro de linha. tudo bem. vai esse mesmo. mas a tomada do filtro de linha não cabe na outra tomada da parede. porque ele tem os três pininhos comuns pra computador, sabe? então precisa de um benjamim. que estava na cafeteira, que tem outra tomada que não cabe na parede, porque é aquela com dois pinos retinhos, diferente da tomada da parede. tá? trás o filtro de linha e gruda aí p'ra ver a máquina funcionar. liga na torneira e... e a lavanderia está toda molhada neste exato momento. faz assim. vou chorar. mas vou chorando no caminho p'ra loja que vende veda rosca [debaixo de chuva]... andando e chorando. humpf.

faxineira boa é rara. é cara...

não quis herdar a faxineira da parenta. quis outra. demos uns telefonemas e uma tal nunca apareceu. então a casa ficou assim, assim, precisando de limpeza pelas minhas próprias mãos. fui limpando e pensando. bom, se a diária da faxina é 90$. e eu preciso de uma por 4 vezes no mês... 360$ saindo da minha conta e indo para a dela. quando a parenta me consultou sobre algo que eu achasse que ela deveria perguntar, pedi: diga para ela passar uma camisa de linho, fazer arroz e limpar um vidro que p'ra mim tá tudo bem. óbvio que não rolou. nem vai... então eu decidi que se o trabalho de uma faxineira é assim remunerado... e que a coisa vai cair mesmo nas minhas costas... então tá. a diária da faxina permanece na conta. para ser gasta com uma viagem bacana!

está dada a largada!

meu aniversário será mês que vem! então eu quero de presente uma furadeira e um grampeador de estofado, para projetos futuros, tranquilo? =D

você já sonhou com uma mala de presentes? [e o fim de semana...]

porque eu ganhei uma mala de coisas só p'ra mim. na verdade nem tudo é presente, porque com os adventos da tecnologia é tranquilo entrar no site da amazon, dar uns cliques e mandar entregar tudo do mundo no hotel da parenta. pois foi o que eu fiz. comprei uma cafeteira nespresso linda, um relógio ouro rosa fofo e uma capa de edredom fio 1220 [oi? eu estava pensando com os meus botões que era, para o mundo das roupas de cama, o equivalente a ter um milhão de reais na conta. inimaginável], fantástica, super macia e pesada. amei. e a parte mais legal da história: o resto da mala era de presentes. mil blusinhas, borracha em formato de fast food, m&ms, rímel da rímmel, soutien e calcinhas de grife, uma bolsinha de moedas onde se lê "insuficient fund", dois protetores labiais carmex e uma bolsa coral com ferragem dourada mega ultra hiper blaster perua. chegamos no ponto onde eu queria. claaaaro que eu amei os presentes. tudo. mas então que eu grudei a bolsa domingo cedo e rumei p'ra feira de ipanema. planejei comprar mil coisas p'ra casa e só comprei coisas p'ra mim. então eu estava namorando umas bolsas de couro fofas aqui e ali e eis que o moço elogia a minha bolsa. uaau. obrigada. ele elogiou com mais ênfase! obrigada! de onde é? ganhei, veio de ny! hum, quer me emprestar? eu te dou uma bolsa se você me emprestar por vinte dias, eu modelo e te devolvo. mas moçoooo, todo mundo vai ter igual? eu pensei. pensei mais. e emprestei. então depois da mala de presentes, domingo cedo eu ainda ganhei uma bolsa verde limão [sim! eu que quis assim!]. tem dias que coisas estranhas acontecem. e de quebra eu faturei uma bolsa!

Morena & Brigitte [and Maricota mode off]

saldo final dessa semana juntas? a gente se ama. minha so[m]brinha é a coisa mais fofa do mundo. fantástico quando ela tem um brinquedo na boca e encontra outro no caminho e fica querendo os dois, sendo que mal cabe um. ela quer loucamente descobrir o que tem do outro lado da porta. e fica doida quando ouve latidos vizinhos. brigitte não sabe ficar sozinha ainda, enquanto se está na sala, brigitte não dá nem bola, é só ir ali que ela chora desesperadamente. eu ensinei e brigitte aprendeu rapidinho a pedir biscoito subindo no armário. ela é tão tão dengosa que levou a mantinha de microfibra quando começou a fazer frio. ela é meu xodó. mas era p'ra dizer que a minha ideia de maricota está suspensa temporariamente. nunca tinha tido cachorro em apartamento. e é punk. os cachorros não vem embalados com um manual de instrução. pode ser que eles não comam o sofá todo. mas pode ser que comam. e minha casa nem tem tanto espaço quanto o palácio de buckingham. e eu não tenho faxineira. e viajo aos fins de semana para são paulo com alguma frequência. e trabalho o dia inteiro. maricota não ia gostar tanto assim lá de casa nessas condições de solidão. eu adoraria chegar e vê-la abanando o rabo p'ra mim e lambendo meus sapatos. mas ela não seria tão feliz assim.

eu sou louca por café!

eu sou louca por café. de manhã, a noite, de feliz, de esquentar dias frios. então achei bem justo me dar de presente uma cafeteira nespresso. ó só... vem provar do meu café!

por falar em café, eu sou péssima em café de coador. então que lá em casa de mãe tem uma receita simples. coloca água p'ra ferver naquela leiteira específica. naquela marca. sabe a marca que fica quando ferve muita água na mesma altura? duas colheres bem cheias de café. duas rasas de açúcar. geralmente dá certo. e o café fica nhamnham. até que a glorinha descobriu um produtinho super que tira manchas de aço inox. e olha, funciona. ciao, café nhamnham. oi, café expresso.

minha cama de casal...

se o primeiro soutien a gente nunca esquece [mentira que eu não faço ideia do meu], a primeira cama de casal eu não esquecerei jamais. porque eu fui de dormir em cima de uma cama de beliche para me mudar para campinas e convencer a minha mãe que comprar uma cama de casal para mim era um negócião! ela cedeu aos meus encantos ou cansou dos meus argumentos e então quando eu ganhei um quarto todo meu eu ganhei uma cama de casal. que é meu xodó. eu adoro aquela cama que hoje mora na casa de são paulo. então todo aquele espaço só meu me fez sentir latifundiária das camas e desenvolvi até um certo preconceito com as camas de solteiro, chamadas carinhosamente por mim de cama de criança. assim como coberta de solteiro, que cobre aqui e falta ali. enfim. quando eu mudei para o rio, corri comprar um colchão super bacana e simmons é meu xodó carioca. tudo isso para dizer que o meu casamento está em crise. explico. eu não sou casada. mas andei pensando umas coisas na vida e cheguei a conclusão que eu gosto da minha vida assim. não que isso signifique que eu nunca vá casar. eu sei que meus relacionamentos por tempos bons não levam nome. nem rótulo. nem nada. p'ra mim assim tá bom. casar não é prioridade. acho que eu vou casar um dia. eu quero ter uma festa para dividir com todo mundo uma alegria que provavelmente não caberá em mim. p'ra mim é tranquilo pensar em beijar para sempre a mesma pessoa. me ver velhinha ao lado de alguém que eu escolhi para dividir vários anos da minha vida. viajar para os cantos mais estranhos com aquela pessoa. passar natal e ano novo sempre junto. ter filho e então ter que falar de educação e fazer as contas do material escolar. imagino que deva ser uma rotina que eu vá gostar. mas meu casamento está em crise porque me assusta muito a possibilidade de nunca mais dormir sozinha. eu não sei se eu consigo fazer meu sentimento  claro. e talvez dormir seja uma metáfora. mas faz parte da minha vida hoje esperar a pessoa de braços abertos em casa, no aeroporto, na rua, na chuva, na fazenda. eu não sei se eu saberia conviver com uma relação onde não existisse saudade. não existisse o desejo maior de voltar p'raqueles braços. não existisse a certeza de que voltar ou esperar voltar é a melhor escolha. e hoje, dezessete de maio, criou-se em mim o pânico de perder a identidade. transformar dois em um. dois são dois. como assim não ter a casa só sua de vez em quando? passar máscaras coloridas no rosto, enrolar o cabelo com bobs, passar o dia de pijama, fazer depilação @home, ligar o som bem alto e dançar em cima da cama, p'ra quando a pessoa chegar você ouvir que você está linda [porque você estará!] e de novo ter a certeza que o reencontro é o melhor negócio! e que a saudade existe pelo que se tem. não por aquilo que vivemos um dia...

você gosta de história de amor?

era uma vez um lambe-lambe e uma bailarina...
Ele e ela se amam. E dizem abertamente isso um para o outro. E para os outros. E se escrevem longas cartas contando da vida e do espaço que sempre terão nela. Mas eles não estão juntos. Já estiveram um dia. Quase um quarto da vida deles foi assim, ao lado. E parassaram por muita coisa e cresceram juntos. E juntos se tornaram adultos. E caminhando lado a lado se viram impossibilitados de seguir. Havia o amor, sim. Mas havia a vida. E nem sempre o amor que existe pode acontecer em atos e fatos na vida dos dias se seguindo. Não estão juntos mais, mas permanecem próximos. E asseguram, para si e para os outros, que é para sempre. E ela garantiu pra ele um latifúndio sempre seu no coração dela. E é pra ela que ele conta que sai cedo todo dia para encher as lentes e rolos de filme de tragédias cotidianas da grande cidade. Ela conta dos castelos e ele fala das favelas. E é belo e maduro, para os 23 anos dos dois, como desejam que cada um seja feliz ao seu modo. Eles aceitam. Ela aceita seus cachos rebeldes e ele aceita os seus pitacos na vida. Eles aceitam a distância. E as outras pessoas. E, quando você olha de relance, eles são tão parecidos... A mesma cor morena e um mesmo jeito moleque. E é pelos olhos dele que ela é mais bonita na foto. E foi pela força dela que ele às vezes seguiu em frente. Não há desencontro aqui. E, sim, foram felizes para sempre.

brigitte

olha ela aí... minha pequena roedora! e as fotos também são do melhor fotógrafo do mundo! mais aqui...

eu estou com cara de feliz?

do melhor fotógrafo do mundo... porque eu conheço O fotógrafo [o cara de pau da lista]! tem mais aqui...

e então?

as toalhas de mesa estão paradas. brigitte chegou em nossas vidas e nada nunca mais foi como antes. ela é da libertad. mas tudo gira em torno. no começo ela era bem mais adestrada, se é que me entende. qualquer coisa que fazia ia direto p'ro castigo imaginário que ela mesma tinha criado. hoje ela nem lembra mais de castigo. oi? tem dias que brigitte decide ser viável arrancar meus dedos com os dentes. mas geralmente ela é uma fofa que me olha com cara de dó e leva um biscoito! então como parenta está em new york mode on let's go shopping e brigitte e eu estamos aqui, dormindo e assistindo tv e comendo e só. esse fim de semana foi basicamente assim. duas preguiçosas... sábado de chuvinha com brigitte deitada na minha barriga dormindo. e eu deitada no sofá. e procurando para hermana dicas de new york. e então quando eu me mexo muito, brigitte resmunga, vira, se ajeita e continua dormindo... ela está tão gordinha que as vezes rola de cima de mim! own.

casa rio

o apartamento do rio é meu. quase todas as caixas já partiram. ainda falta fazer chegar muitas caixas. e tudo aquilo que todo mundo já sabe que falta. mais a lista de coisinhas faltantes que a visita cara de pau deixou... mas é tamanha felicidade! ter um canto... dois. eu chego em casa e sou dona de mim. dos meus minutos todos. sou dona das minhas vontades. tenho meu jardim. matei uma planta porque descobri que ela não gosta de vento. na verdade matei as flores da azaléia. que era tão bonita... escuto chico buarque todo dia. e aumento o som bem alto. sem ninguém para abaixar. tá que talvez os meus vizinhos odeiem a gritaria cantoria. mas né. coisas da vida. minha casa é uma casa feliz. esperando visitas que são sempre bem vindas... vem ver!

toalhas de mesa mode on

entre os tantos tecidos que eu comprei, arrematei dois pedaços de chita. chitão. enfim. chita é aquele tecido ruim, apesar de ser algodão, que a gente adora ama porque tem estampas bem coloridas e características, com cara de arte naïf... é tão bonito. mas enfim, é ruim. a ideia era uma toalha de mesa de chita e eu aprendi coisas valiosas nessa manhã de domingo:
1) a chita é ruim mesmo! mas a gente pode dar umas voltas nela...
2) se a ideia é colocar uma fita, um coiso qualquer para dar um arremate mais bonito, é fundamental que o tecido onde a costura da fita, por exemplo, passará, seja duplo. explico. você vai virar antes uma barra porque é moça prendada que só faz coisa caprichada... essa barra, vai por mim, é melhor que tenha a largura da fita. porque se você costurar a fita em cima de só uma camada de tecido, a chita VAI ficar repuxada. que nem a minha ficou! =( e vai fazer um babadinho que você não vai gostar. que nem eu não gostei do meu! e capaz que a toalha fique com tamanhos diferentes e as pontas não se encontrem! sim... a minha ficou assim...