27.11.13

...

duas pessoas do seu convívio muito próximo resolvem se estabacar no chão, de moto. tudo bem, tudo certo, todos bem menos a moto, mas fato é que eu perdi a minha companhia do projeto 'meia maratona 2014'. tá distante, o recente sonho! a gente ia até se jogar numa consultoria esportiva, p'ra fazer a coisa direitinho, mas tá tudo em suspenso, por agora [pausa dramática. e segue]. respira, colega, e vai remar na praia. porque fato é que eu já ia bastante p'ra praia, daquele papo que eu sempre ouvi e dizia que era balela... 'se eu morasse na praia, eu iria todo dia'. nunquinha na minha vida eu coloquei isso em prática no rio de janeiro. mas aqui em salvador, ah, salvador... se me convidar eu vou. tipo assim, todo dia! e numa dessas a gente parou por ali pertinho dos stand up paddles e ficou namorandinho. é tão lindo e tão poético andar sobre as águas. é bíblico! brincadeiras a parte, ganhar o mar é encantador. aos meus olhos, claro. então numa quinta feira qualquer a gente fez uma aula e se apaixonou! não é porque é o esporte da moda, é a sensação de liberdade e conquista que me encanta. é a sensação de 'pequenez' humana. de lá p'ra cá a gente já saiu p'ra remar algumas vezes, toda quinta feira de manhã é dia e hora de ganhar o mundo pelo mar. e ser feliz. altamente recomendável!

aulas em salvador, aqui: http://axewind.com.br

22.11.13

das coisas da vida

aí você acha uma foto perdida no e-mail que conta um pouco de dias bons...


e alguém comenta assim...


já quis escrever tantas vezes. me peguei lendo as linhas escritas por e para nós, dessas que a gente pensa, tão atual, tão lindo, tanta saudade, tanto desperdício de amor. nunca entreguei a minha felicidade em suas mãos. nunca cobrei que você me completasse. eu sou inteira e sou feliz. você me soma. me multiplica. me transforma. não é passado. é presente. é amor que não se acaba. não há depressão em mim, apesar de meus braços se fazerem úteis. ontem eu li as nossas linhas e chorei. como não chorar? a vida pode fazer de nós o que quiser, e fez. a gente já não é mais junto. é distante. é longe. é lembrança. e p'ra mim é saudade. eu olho p'ra frente e as nossas estradas se afastam. e afastam. e afastam. mas eu preciso dizer que te amo. não. eu não te esqueci. nem um dia sequer. lembro do riso fácil, da irritação provocada, do companheirismo, de ser pau p'ra toda obra. não, não é difícil me perder em boas lembranças. deixar correr uma lágrima. ou abrir um sorriso desatento. porque parece tão perto, tão palpável, tão bonito. sim, sim. eu sei porque findou. eu sei porque se afasta. a razão de ser lembranças. porque a gente já não se multiplica mais. mas nada disso torna as coisas mais fáceis... nada disso torna a nossa história menos desperdício de amor...

10.10.13

e então...

tem um tempo eu perdi a vontade de escrever por aqui. o blog começou com o fim de um namoro. uma história mal contada e mal resolvida. eu queria lembrar. eu queria não esquecer. é a minha casa, sou eu. depois eu tive um apê em sp, que me deu todas as dores de cabeça do mundo, inquilina que não queria sair, financiamento que não queria acontecer, e meses de histórias desgastantes. mas também a boa notícia de comprar meu primeiro apê. depois veio a minha segunda casa, no rio. eu mudei. muito. de estado. de espírito. eu cresci profissionalmente, acho que como pessoa também. eu viajei p'ra onde eu nem imaginava pisar. eu me transformei. então eu tive que devolver meu apê do rio, não tinha grana p'ra pagar o aluguel que subiu quase 40%. e me dei conta do que significava ficar por ali. de repente, em minha vida, eu tinha entrado em uma rotina maluca de trabalhar para pagar conta. e não estava dando, a conta não estava fechando. e desfazer a casa que eu queria tanto e tão bem foi um baque de não querer mais. ao mesmo tempo que você não vê saída. porque a pessoa estudou geografia. mas a geografia já não me representava mais... meu coração andava bem. mas inquieto. daquelas histórias do século passado. de dizer eu te conheço desde os meus quatorze anos. eu te amo desde longe... com ele eu ri muito. eu fui muito e intensamente feliz. com você, leo, eu me sentia mais. porque você não me completa. você me adicionava. que louco é pensar em escolher outro caminho. que triste pensar que alguém não topa contigo o que você acha mais bacana p'ra vida. que outro baque é a realidade de não, eu não topo os teus planos. mais um fim. meu apê de são paulo alugado. minha casa do rio desfeita. e é, era hora de outros vôos. e eu voei. foi assim que eu pousei por aqui. quando a vida apresenta mais uma reviravolta. e você aceita o desafio. qualquer hora eu volto. e conto mais. a vida por aqui é feliz. mas as vezes a saudade é danada...

22.9.13

passou julho, agosto e quase setembro...

tira o pó, varre p'ra debaixo do tapete e vem... cinco meses de lojas e sim, eu tirei e estou tirando de letra! quando surgiu a primeira ideia de ter uma loja, eu pensava bem menos, bem menor. e sabia que seria difícil. de repente são duas lojas, nove funcionários e um bebê e todas as dores e delícias da vida. eu aprendi muitas coisas nos últimos meses, trabalhei feito gente grande todos os dias e até senti saudade quando não estava lá. viver na bahia é um mundo a parte. você e sua bagagem de vida e de roupas pousam por essas terras e de repente cai a primeira ficha, nós somos mal acostumados no sudeste. muito mal acostumados. aqui muitas pessoas são contratadas sem carteira assinada, algumas relações trabalhistas são quase escravagistas e os patrões e sua impáfia, em geral, agem como se aqueles que para ele trabalham, a ele devessem um favor. todos os dias da minha vida eu quero que as pessoas que trabalham comigo tenham dignidade. é minha lição número um. das histórias que eu ouvi por aqui e por ali, não admito que seja essa a relação a se estabelecer, de ganhar uma grana dando apenas o mínimo ou abaixo disso para as pessoas que estão ali todos os dias comigo. e todo dia eu deixo bem claro para as pessoas que trabalham comigo que eu preciso sim delas. sozinha eu não conseguiria jamais ir longe. das outras coisas que eu aprendi, eu entendi que é preciso delegar função. não é possível abraçar o mundo inteiro com dois braços. é preciso confiar. e que as pessoas saibam que têm a sua confiança. assim são construídas relações bacanas de trabalho. convivi, nos últimos meses, com a bebê mais fofa do mundo, desde cedo ela está lá, babando em nossas roupas, puxando meus cabelos, sendo fofa. a mãe dela entra na minha onda e deixa eu tirar fotos dentro da panela. e teodora não tem outra escolha. e ri. e é bom demais. o dia pode estar uma loucura, cheio de problemas, mas aí você para, desacelera, pega no colo e entende que é preciso respeitar o tempo. eu juro que demoro a entender alguém que não queira ter filhos. e o amor e a baba dos filhos. eu quero!

27.6.13

11.6.13

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
MUNDO MUNDO VASTO MUNDO,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.

8.6.13

aimeudeusdocéueuvoumorrer!

sabe quando a gente se apaixona? eu me apaixonei. outro dia, fazendo um tour por Salvador, eu conheci o edifício Eldorado maislindomaravilhosoedesejado desde então - por fora, tá, mas é um começo! arquitetura modernista que ganhou meu coração, com sala de janelões e vista mar. amei. muito. daquela coisa que você tá andando de carro e para e fica besta olhando e só vai embora quando o outro carro buzina... e eu acordo. e vou trabalhar. e fico calculando quantos centos [milhas?] de panelas e formas eu preciso vender p'ra chamá-lo de meu. ó céus. são muitas... mas me aguarde! ;)

ps: e eu já chamo de meu apartamento...

30.5.13

finda maio!

que mês foi esse? começou pelo Rio, passou pelo Peru e finda em Salvador. pouquinho tempo atrás eu não me imaginaria morando em Salvador, na casa do meu pai, com quem não moro há uns doze anos. juntei minhas coisinhas e fui mudar de vida e de cidade. o que isso significa? não sei. depois de vinte dias por aqui, estou tomando pé da situação, de repente eu tenho dez funcionários, duas lojas e responsabilidades e compromissos que eu não imaginava e aumentam a cada dia. e que também vão ficando mais familiares, ainda bem. dois anos e meio trabalhando no meu antigo emprego me deram um senso de organização que hoje faz toda a diferença. mas pegar o bonde andando tem todas as dificuldades imagináveis. o que os funcionários vão achar? eu vou gostar? e como serão as vendas? vai dar certo? o que eu vou encontrar? e posso dizer, ainda que com pouco tempo, que já deu. deu certo. são duas lojas de utensílios de cozinha, com uma infinidade de bugigangas úteis, de produtos de confeiteiro, panelas, assadeiras, formas, forminhas e formosas! ;) ácá o facebook da loja, que boniteza: https://www.facebook.com/lojaalegriadolar

8.5.13

detalhes tão pequenos de nós dois... Cusco!

o dinheiro no Peru é o sole. nuevo sole. a conta básica é que é desvalorizado 25% em relação ao real. mas se você fizer o câmbio no Brasil, vai sair 1:1! trouxemos dólar e trocamos aqui, em geral, na praça de armas, troca-se US$100 por 259 soles.

o hotel foi o Encantada Boutique Hotel. três pontos contra! fica em San Blas, no alto, e p'ra quem passa mal com altitude, quatro lances de escada são um sofrimento, dirá oito quarteirões - um taxi até San Blas custa incríveis 5 soles! a calle Tandapata está em obra, então o taxi não chega na porta. mas as vezes p'ra chegar, mesmo a pé, é preciso dar uma volta ou pisar no barro - problema que logo se resolve, quando as obras acabarem... e o último é que eles indicam uma agência para os passeios que cobra uma fortuna! pagamos US$20 pelo city tour, enquanto na praça de armas custa 20 soles, é só não aceitar a sugestão e fazer tudo por conta própria... o resto? o hotel é delicinha. café da manhã bom, atendimento de todos os funcionários fantástico, vista linda e o que ganhou meu coração: você volta a noite p'ro hotel e tem uma bolsa de água quente com água quentinha p'ra esquentar do friozinho da rua. sem contar a preocupação de todos perguntando como a gente se sente com a altitude... quando disse que estava com dor de cabeça, me deram oxigênio na hora. eu nem achei que era necessário, mas passa quase que instantaneamente. depois volta, é só subir a escada, rs. desci uma madrugada p'ra um pouquinho mais de oxigênio, não conseguia dormir, e foram de novo bem bacana. gostamos do hotel, tanto que voltamos de Machu Picchu direto p'ra ele!

os taxis são mal identificados e não têm taxímetro. a regra é estender o braço, perguntar quanto custa p'ra onde você vai e ir. eles dirigem loucamente e as calçadas são mega estreitas. mas chega-se! andar de taxi é muito barato. muito mesmo. o hotel disse que teríamos transporte e ele não estava lá. com 15 soles chegamos no hotel, é bem tranquilo! o ideal é negociar com tudo e todos, o taxi, as compras, o tudo...

o mal de altitude... eu tive. desci do avião e senti minha perna pesar instantaneamente. a isso juntou-se a dor de cabeça, o enjoo, e foi piorando. dava sono mas não conseguia dormir. chá de coca não deu em nada. nem as tais pílulas. que são o maior engodo da história, aquilo é AAS. e custou 50 soles. põe no Google o que cura de verdade e traz do Brasil... eu, hipocondríaca da altitude, da próxima vez trago todos os antis da vida. alérgico, gripal e assim vai, dor de cabeça, muscular e tudo. a mim, que não me senti bem, fez falta...

para ir a Machu Picchu, compramos o ticket do trem do Brasil. tem o site Peru Rail e Inca Rail. p'ra mim, vale o trem que couber no horário pretendido, com preço bacana. o importante é chegar! paguei com Visa e até agora não sei se é Verified ou não... comprei o ticket de trem com o cartão da minha mãe... embora estivesse escrito que seria necessário apresentá-lo, não foi. ufa. então ó, a partir da minha experiência, se você só tiver o cartão dosotro p'ra comprar o ticket, o risco de solicitarem é baixo! se joga!

para entrar em Machu Picchu, compramos do Brasil também... porque eu queria muito subir o Huayna Picchu e então é preciso comprar com antecedência porque são 400 vagas por dia. mesma coisa, cartão dosotro e deu certo. imprima tudo direitinho e vai ser feliz... vai ver que bonito é!

detalhes tão pequenos de nós dois... Lima!

Lima

voo Tam/Lan ok. nada que impressione ou que deponha contra! a imigração em Lima é uma coisa. ficamos uma hora em pé na fila, p'ra chegar na hora e nem perguntarem nada. carimbamos o passaporte e tiau. quero ver na copa, hohoho.
fora isso, nada a falar, porque ficamos só uma madrugada por lá. o aeroporto é tranquilo, mas não tem muito o que fazer, a não ser dormir e esperar. tem Starbucks, tem lujinha, mas daqui a pouco o saco já está na lua. e o tempo não passa! os funcionários da limpeza limpam aquilo a noite inteira! de repente é necessário mudar de lugar, porque as máquinas vão passar. e uma barulheira...

roteiro Peru...

2/maio | o vôo era Rio - SP - Lima - Cusco. sendo Cusco apenas no dia seguinte, cedo. dicamiga, dica valiosa... ou você dorme em Lima e descansa, com todas as letras. ou você rouba o travesseirinho e a manta do avião, embarca cedo e vai dormir lá dentro da sala de embarque! deitada nos banquinhos...

3/maio | chegamos em Cusco e o taxi do hotel não estava lá, mas tudo bem, qualquer 15 soles te leva até lá... foi dia de passar muito mal com o mal de altitude. descer do avião significou a perna pesar. muito. cabeça doer. cheguei a pensar em nunca mais voltar aqui...

4/maio | city tour arrastado. comprar no hotel é a maior roubada. ao fim, juntam todo mundo, de todas as agências, num balaio só. pode procurar um preço bom...

5/maio | vale sagrado, passando por Pisac e ficando em Ollantaytambo, para pegar o trem pela noite. chegar em Águas Calientes sem hotel é tranquilo, mas eu escolheria chegar com hotel na próxima vez!

6/maio | Machu Picchu, muito prazer. sem palavras! e subimos a Huayna Picchu. uau.

7/maio | voltar para Cusco, via Maras e Moray. outro UAU!

28.4.13

planejando a viagem p'ro Peru

que eu adoro viajar não é novidade. eu também adoro planejar viagens. mas from my deep heart: é difícil acertar os detalhes todos em se tratando de Peru. quando eu comprei as passagens, a trilha inca já estava esgotada. então não era uma possibilidade. o que fazer e como fazer?
passagens aéreas: compradas pela Tam, com parada em SP e Lima.
hotel: mil pesquisas, mil possibilidades e preços. mas estamos bem encaminhadas, serão dois dias em Cusco, dois em Águas Calientes, dois em Cusco. agora só falta escolher, sendo que Águas Calientes é um tanto mais complicado, por ter menor oferta e ser bem úmido.
Machu Picchu: definimos o dia - 6, o tkt já foi comprado com alguma dificuldade. o site só aceita o tal visa verified. ao menos estampado no cartão, não achei viv'alma que tenha isso por essas bandas. eu arrisquei e comprei as entradas com o cartão da minha mãe - que foi aceito mesmo sem o tal verified, pode ser que eu tenha que apresentá-lo. ou não. se Deus é brasileiro, eu não precisarei inventar que o cartão foi roubado!
trem: pode-se sair de Poroy ou de Ollantaytambo. para Poroy, mais perto de Cusco, tem bem menos horários e não cabem na minha programação de querer ver a viagem do trem a luz do dia. fica a opção de Ollantaytambo. quase 100km de Cusco. vai vendo... as passagens também foram compradas, no esquema cartão dos'otro, se pedirem p'ra apresentar o cartão, leia-se aqui um palavrão...
então é preciso conseguir conciliar três reservas de hotéis, tkt para MP, trem com horários que caibam no planejamento, decidir o que fazer para 'ocupar' seis dias.
o meu planejamento seguiu assim:
definir a data para ir a Machu Picchu
comprar as entradas
comprar o trem
reservar o hotel dos dois primeiros dias de Cusco
comprar o guia de viagem
o que falta:
dois dias de hotel em Águas Calientes
dois dias de hotel em Cusco
comprar dinheirinha
desbloquear o cartão de crédito
fazer as malas e ir...
porque na volta, eu serei a mesma, mas a minha vida estará feliz de ponta cabeça!

como as coisas acontecem...

de tempos em tempos me dá uma inquietação louca porque eu quero viajar. viajar mais, viajar sempre, p'ra qualquer canto, porque viajar me enche de alegria. sem blábláblá de que viajar enriquece a alma, auto conhecimento ou qualquer coisa assim. comprei as passagens para Cusco assim, no susto de uma promoção, encaixadas em um período de pouca chuva e nem tanto frio. pensando uma data que não atrapalhasse tanto me retirar do trabalho, essas coisas cotidianas. então ficou assim, 2 a 9 de maio, lá vou eu. mas a vida foi andando, eu fui perguntando p'ra ela o tamanho do passo que eu poderia dar e sempre dava p'ra ir além. vem de longe uma proposta de comprarmos duas lojas em Salvador, de coisinhas p'ra cozinha, no centro, comércio popular. e não é de hoje que eu digo que eu quero uma lujinha p'ra chamar de minha... se a vida se encarrega, por aqui ela se encarregou. propostas feitas, contratos assinados, é vida que se recria. no caso a minha. um pouco no susto, a véspera da viagem é também meu último dia de trabalho no Rio. eu viajo para Cusco e volto já indo p'ra Salvador. é vida que segue e que recomeça... a partir de 10 de maio, o futuro é Salvador...

23.3.13

bobagens sem ter fim...

eu fui roubada no carnaval. troquei meu iPhone 4 por um Galaxy Note. não entendo muito bem quem disputa qual celular é mais legal. a última notícia que eu li difundida aos montes no Facebook, dizia que o S4 é duas vezes mais rápido que o iPhone 5. eu sento e imagino dois celulares apostando corrida, p'ra entender a serventia da informação. troquei porque sim, gostava d'um e gosto d'outro. acho que a vantagem do Note é que a bateria pode ser substituída facilmente. no entanto ele é bem grande [coisa fácil de acostumar, mas p'ra pegar no meio da rua p'ra tirar uma foto é mais complicado e chamativo p'ro mundo]. questão de gosto. mas o que me incomoda mesmo num telefone é ficar sem bateria. era assim quando eu viajava de ônibus p'ra São Paulo. é assim quando eu vou a praia. queria comprar uma dúzia de baterias de estoque, mas me via perdendo elas pela casa, elas na boca de Frida. aí eu descobri a bobagem sem ter fim mais legal dos últimos tempos: power bank, oi! é um banco de energia, tal qual se traduz. carrega a engenhoca na tomada por um período e pronto. é só carregar na vida, plugar o celular e ser feliz. tipo assim, é a independência comunicativa. pesquisei no Amazon e a entrega por aqui é bem complicada. google p'ra lá e p'ra cá e eis que surge o site da Deal Extreme. lá é mais barato, frete grátis p'ro Brasil, mas são 20000mAh chineses... o que isso significa? bom, meu celular tem uma bateria de 2600mAh, fazendo uma conta tosca deveria carregar umas sete vezes. claro que não é exatamente assim, nem pela minha metodologia de cálculo, nem pela garantia chinesa da coisa. mas é muito bacana, independente de qualquer coisa. carrega umas duas vezes e faz feliz. é a besteirinha mais feliz que eu comprei nos últimos tempos. quer? vai lá!

7.3.13

foi assim

uma foto feliz. de um dia feliz. casamento da rê e do junior! donos da geladeira onde meus imãs de viagens moram!


atenção tripulação, portas em automático!

next stop: peru! \o/ [dancinha]

como as minhas viagens começam? com uma superpromoçãofantásticaANDimperdíveltambém no Melhores Destinos. o problema é que nos últimos dez dias foram tantas promoções que é preciso alguma sensatez na minha cabeça sem miolos. fato é que eu já tinha passado a viagem p'ra ilha de páscoa, de trocentas promoções pros eua eu também já tinha abdicado e então piscavam passagens para cusco, com preços de ponte-aérea RJ-SP. não era sonho de vida, mas conhecer o mundo é projeto pessoal. acá que eu pauto minhas viagens assim: uma promoção bacana p'ra um lugar fantástico e pronto. sem contar que eu sou a única pessoa que pode grudar imãs de geladeira na porta da dita cuja do junior e da renata. são só dois até agora, porque algumas viagens passaram batidas, então eu tenho que correr! mas a minha mãe sempre me disse, quando eu chegava do shopping com alguma sacolinha: minha filha, que bom que estava em promoção, mas não é por isso que você precisa comprar todo o shopping! então eu aprendi que eu tenho que pensar pelo menos oitocentas vezes antes de decidir uma viagem, porque por vontade eu preencheria todos os dias de minha vida e mais alguns! pensei. pensei. pensei. vi fotos e relatos muito legais do peru e resolvi. next stop: cusco. eu vou conhecer machu picchu e o que mais o coração mandar. e eu não me caibo em mim de tamanha felicidade. 

24.2.13

ah, o amor...

eu não conheço todas as famílias do mundo. nem de longe. mas eu posso afirmar, seguramente, que eu tenho a melhor delas todas. tenho uma família que oferece casa, abrigo, comida, dinheiro, abraço apertado, chocolate derretido, bolo quente, milhas de vôo... a gente se tem p'ra tudo. e já que a minha sina é mudar, lá estava eu, em pleno carnaval, catando o que eu podia chamar de meu de verdade... mãe, a glorinha vai trabalhar amanhã segunda feira de carnaval? glorinha, você vai trabalhar amanhã? oba! vamos p'ra são paulo? e só eu sei que eu e ela nunca trabalhamos tanto assim nas nossas vidas e nas próximas também. montamos caixas, esfregamos paredes, carregamos peso. mãe também. só que menos. depois de duas viagens são paulo-campinas, o corredor do prédio tomado por caixas e coisas das mais diferentes formas, o olhar distante de quem se desfez de tantas coisas nos últimos tempos, e vem ali a minha noninha e diz: eu vou guardar todas as suas coisas bem guardadas, porque eu sei que logo logo você terá o seu cantinho de novo! eu amo vocês. 

12.2.13

alalaôôô

é carnaval. era tempos de mudança. ou mudanças. de buscar as coisas numa casa que não me pertence, olhar nas paredes os pedaços de história, sentir o peso de se deparar com a falta de plano do outro. é um não querer mais que bem querer...

Ainda que eu falasse/A língua dos homens/E falasse a língua dos anjos/Sem amor eu nada seria/É só o amor! É só o amor/Que conhece o que é verdade/O amor é bom, não quer o mal/Não sente inveja ou se envaidece/O amor é o fogo que arde sem se ver/É ferida que dói e não se sente/É um contentamento descontente/É dor que desatina sem doer/Ainda que eu falasse/A língua dos homens/E falasse a língua dos anjos/Sem amor eu nada seria/É um não querer mais que bem querer/É solitário andar por entre a gente/É um não contentar-se de contente/É cuidar que se ganha em se perder/É um estar-se preso por vontade/É servir a quem vence, o vencedor/É um ter com quem nos mata a lealdade/Tão contrário a si é o mesmo amor/Estou acordado e todos dormem/Todos dormem, todos dormem/Agora vejo em parte/Mas então veremos face a face/É só o amor! É só o amor/Que conhece o que é verdade.

foi mudança do apê de são paulo, de tirar as coisas que contam a minha história, ainda que breve por ali, p'ra receber novas histórias, da nova moradora.

foi tempo também de pular carnaval, só um pouquinho, porque todos os dias de carnaval não é pra mim. e então a gente estava na bela cintra, voltando p'ra casa da mãe da rê a pé, e fomos assaltados. não, eu não estava chacoalhando o iPhone no ar, como alguns disseram. na verdade eu fui. dois caras viraram a esquina atrás da gente e falaram 'não corre, a gente tá armado'. longe de querer pagar p'ra ver, eu entreguei meu celular. não me assustei, não fiquei nervosa, fiquei puta. aquela história de se sentir impotente e de alguém tirar de você algo que é seu. mas eu queria falar, do fundo do coração, que se você é daquelas pessoas que compra coisas roubadas, vale a pena repensar a história. porque alguém pode ter sido assaltado a mão armada, ter sido violentado, para que você tenha um iPhone por um preço atraente, alguém pode ter passado maus bocados...

26.1.13

transformação

chico, rei.

'tem dias que a gente se sente/como quem partiu ou morreu/a gente estancou de repente/ou foi O MUNDO ENTÃO QUE CRESCEU/a gente quer ter voz ativa/no nosso DESTINO MANDAR/mas eis que chega a roda viva/e carrega o destino p'ra lá/roda mundo, roda gigante/roda moinho, roda pião/O TEMPO RODOU NUM INSTANTE/nas voltas do meu CORAÇÃO/a gente vai CONTRA A CORRENTE/até não poder resistir/na volta do barco é que sente/o quanto deixou de cumprir/faz tempo que a gente cultiva/A MAIS LINDA ROSEIRA QUE HÁ/mas eis que chega a roda viva/e carrega a roseira prá lá/roda mundo, roda gigante/roda moinho, roda pião/o tempo rodou num instante/nas voltas do meu coração/a roda da saia mulata/não quer mais rodar não senhor/não posso fazer serenata/A RODA DE SAMBA ACABOU/a gente toma a iniciativa/viola na rua a cantar/mas eis que chega a roda viva/e carrega a viola p'ra lá/roda mundo, roda gigante/roda moinho, roda pião/o tempo rodou num instante/nas voltas do meu coração/o samba, a viola, a roseira/que um dia a fogueira queimou/foi tudo ilusão passageira/que a brisa primeira levou/NO PEITO A SAUDADE CATIVA/faz força pro tempo parar/mas eis que chega a roda viva/e carrega a saudade p'ra lá/roda mundo, roda gigante/roda moinho, roda pião/o tempo rodou num instante/nas voltas do meu coração'

19.1.13

como que nascem os quereres?

eu não fui criada moça casadoira. nunca alimentei o sonho de festa e véu e grinalda e bouquet. lá em casa aprendi que na vida a gente pede p'ra ser feliz, ainda que desse vontade de pedir dinheiro. e como deu! e segui minha vida assim. cresci assim. me entregando aos amores, errando tanto e acertando outro tanto, com bons amigos, mudando de cidade, fazendo as escolhas improváveis, me arrependendo das faculdades que eu fiz, viajando tudo que dava e ainda achando pouco. eu sou a que conheceu moscow e áfrica do sul antes de nova york. eu gosto da minha vida assim. de ter um pouco de cada lugar. de me sentir em casa em tantos cantos e querer morar em tantos lugares p'ra sempre. mas existe em mim o desejo, grande, de ter um projeto de vida comum com alguém. não faço questão do vestido. faço questão dos planos. como? quando? onde? por que? qual vai ser o caminho que a gente vai seguir juntos p'ra ser feliz? foi assim que a minha história de amor mais linda acabou. não faltou amor nem por um segundo. faltaram planos e desejos.