22.9.13

passou julho, agosto e quase setembro...

tira o pó, varre p'ra debaixo do tapete e vem... cinco meses de lojas e sim, eu tirei e estou tirando de letra! quando surgiu a primeira ideia de ter uma loja, eu pensava bem menos, bem menor. e sabia que seria difícil. de repente são duas lojas, nove funcionários e um bebê e todas as dores e delícias da vida. eu aprendi muitas coisas nos últimos meses, trabalhei feito gente grande todos os dias e até senti saudade quando não estava lá. viver na bahia é um mundo a parte. você e sua bagagem de vida e de roupas pousam por essas terras e de repente cai a primeira ficha, nós somos mal acostumados no sudeste. muito mal acostumados. aqui muitas pessoas são contratadas sem carteira assinada, algumas relações trabalhistas são quase escravagistas e os patrões e sua impáfia, em geral, agem como se aqueles que para ele trabalham, a ele devessem um favor. todos os dias da minha vida eu quero que as pessoas que trabalham comigo tenham dignidade. é minha lição número um. das histórias que eu ouvi por aqui e por ali, não admito que seja essa a relação a se estabelecer, de ganhar uma grana dando apenas o mínimo ou abaixo disso para as pessoas que estão ali todos os dias comigo. e todo dia eu deixo bem claro para as pessoas que trabalham comigo que eu preciso sim delas. sozinha eu não conseguiria jamais ir longe. das outras coisas que eu aprendi, eu entendi que é preciso delegar função. não é possível abraçar o mundo inteiro com dois braços. é preciso confiar. e que as pessoas saibam que têm a sua confiança. assim são construídas relações bacanas de trabalho. convivi, nos últimos meses, com a bebê mais fofa do mundo, desde cedo ela está lá, babando em nossas roupas, puxando meus cabelos, sendo fofa. a mãe dela entra na minha onda e deixa eu tirar fotos dentro da panela. e teodora não tem outra escolha. e ri. e é bom demais. o dia pode estar uma loucura, cheio de problemas, mas aí você para, desacelera, pega no colo e entende que é preciso respeitar o tempo. eu juro que demoro a entender alguém que não queira ter filhos. e o amor e a baba dos filhos. eu quero!