6.2.11

iemanjá

passou o dia de iemanjá. eu sou umbandista de muito tempo... respeito e admiro essa religião que entre tantas qualidades uma das que mais me encanta é a aceitação ao diferente. aquilo que se entende como diferente. iemanjá é rainha do mar. mãe de todas as cabeças [mãe de todos, independente de opções, amores, cores]. nossa senhora. este blog começou para contar a história da casinha de são paulo. e foi no dia dois de fevereiro de dois mil e dez que eu assinei todos os papéis do meu financiamento e passei a ser feliz proprietária. tanta coisa aconteceu até este dia e nos que seguiram. eraumavezminhacasa passou a contar minhas histórias. eram então duas casas e as metáforas da vida. a casa surgiu por causa do emprego em são paulo. conquistas, mudanças, voltar para onde eu nunca quis sair... eu terminei o namoro com o amigo querido de tantos anos e segui a vida... eu trabalhei muito viajando e quase que não viajei a passeio. então eu cheguei a conclusão que eu nunca fui tão pobre como quando eu comecei a trabalhar. a vida seguiu... travei uma batalha quase sem fim com a inquilina e então o apartamento era meu. começaram os planos para a casa. e a outra casa still walking. outro namoro começou. as paredes não derrubadas foram pintadas. quando a mudança chegou, eu parti. eu trabalhava em um lugar bacana, altamente tecnológico e com recursos e muito próxima do mundo corporativo... uma experiência interessante para geógrafos. bem legal mesmo. mas olhar para o lado e ver as coisas acontecendo me move. e a certeza de que aquilo era apenas o começo também. veio a proposta/brincadeira de ir para o rio. veio a proposta séria de vir para o rio. e eu me deparei com o fato de que a hora de acontecer é agora... então eu fechei a mala que anda pronta há mais de ano e vim. no último ano [e contando] eu não dormi em uma cama minha, o que torna muitas coisas desgastantes de verdade... pousei no rio de janeiro com a incrível sensação de e aí? ela me acompanha. mesmo nos dias de praia. começou a busca então pela terceira casa. a casa carioca. 2011 começou, o namoro acabou, a vida seguiu. eu entendi que casa é assunto sério que deve ser tratado com a devida importância. porque putaqueopariu, qual é o problema comigo que o que pode dar errado, dá? não é exatamente um drama. mas vale relembrar que a dona do apê de são paulo quase morreu. no dia de assinar os papéis ela estava com a cabeça semi aberta por conta de um avc hemorrágico ou coisa assim. tudo isso para dizer que a casinha do rio está quase lá! quase... a possibilidade dela ser minha existe desde novembro/2010. por dois meses se prolongou um vai-não-vai protagonizado por assim dizer pela dona peladinha. até que então a casa voltou para meus braços. lindo! dia primeiro choveu sobre o rio de janeiro e a cerimônia oficial de entrega das chaves [nem tanto vai, rs] não pode ocorrer. me encantei com o segundo dois de fevereiro imobiliário em minha vida. também não aconteceu... vamos contando! já é domingo, seis, e não temos previsões. nem promessas mais temos. bate um desânimo básico de vez em quando. não sou das que acha que é preciso dificuldade para dar valor. eu sei dar valor as coisas da vida, independente do grau de facilidade. esperando. e oremos!

Nenhum comentário: