18.1.11

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meus posts chamados reticências volta e meia aparecem. são pensamentos soltos traduzidos em palavras... é a lógica do vento, o caos do pensamento... eu cresci querendo um amor para chamar de meu. quando eu me dei conta e olhei em volta, minha vida estava cercada deles... amigos, família, amores que valeram o tempo que duraram, amores que trago comigo no peito. quando eu entendi o que era amor [e isso demorou tanto tempo...], eu aprendi tão logo o que era sofrer por amor. eu descobri que o próximo amor deveria ser sempre maior. aí então eu descobri que existem tantas formas de amor que valem a pena. olhar para alguém e ver o futuro, ver as mãos dadas, os planos, as vontades, as conversas, ver que se aprendeu o que é compartilhar, querer um amor tranquilo, ou um amor que queira ganhar o mundo ao seu lado [e conquistar o mundo é para poucos]. um dos meus namorados me disse que comigo aprendeu a compartilhar as coisas. com um deles eu aprendi tantas coisas [e sei que ensinei também] que por muito tempo eu me via e confundia as histórias, os jeitos, as palavras, nós éramos quase iguais, a mesma boca, a mesma cor, a mesma risada e a mesma disposição para sair pelo mundo sem saber para onde, sem direção... a gente começou a tirar fotos juntos e ele segue, com belas imagens até sempre [algumas delas moram aqui]... eu tive alguns namorados e posso dizer que sou contra quem fala que não deu certo. sempre acho que deu, aquele tempo deu certo, que fez com que duas pessoas ficassem juntas porque tinham no mínimo objetivos em comum, interesses, admiração, sentimentos. por falar em amor, eu consigo reconhecer nos meus relacionamentos algo em comum, que é a admiração que acompanhava as histórias, eu sempre admirei os meus namorados. o que torna tudo muito mais interessante. assim como eu admiro meus pais e tantas outras pessoas. são aquelas pessoas que queremos perto porque elas agregam tudo de bom na nossa vida. a admiração me moveu em muitos momentos, porque eu também acho bacana ser admirada. nas tomadas de decisão, em ter histórias lindas para contar e mais, me orgulhar do que eu escrevi para mim... engraçado, os meus namoros sempre terminaram sem que acabasse o amor, não o meu. outras questões se mostraram mais fortes, um deles [namoro] nos colocou [a mim e a ele] frente a frente com a certeza de que seríamos melhores separados e seguimos assim, longe... mesmo nos amando. já vi namoro meu acabar por causa de família, por causa de valores, quase sem causa... já chorei toda uma vida pelo fim de um namoro, trazia comigo a certeza que éramos amores da vida. e acabou. também já sofri bem pouco porque me coloquei prazo para acabar com aquele chororô... a minha certeza sempre foi nunca deixar de falar, porque talvez não existisse depois. em alguns momentos não existiu mesmo. então não pode haver arrependimento... eu já fui bem orgulhosa, até entender que orgulho não me levaria a canto algum. a partir de então eu fui mais feliz. tem algo mais que identifica meus relacionamentos todos que é o fato de que eu nunca liguei depois. nunca pedi para voltar. meus fins foram fins, sejam eles meus ou deles... eu sempre achei e continuo achando que se movimentar para falar tiau requer dizer todas as coisas não ditas, a serem ditas, todas as coisas desejadas. quando ficava então resolvido que era melhor separar as estradas, as escovas, os sonhos, ainda nesta hora eu falei de amor... não sempre... mas eu nunca deixei de assumir o que eu sentia... eu também já gritei, já xinguei, já quis quebrar tudo, já quis ligar e falar mentiras. era também o que eu sentia. este blog nasceu do fim de um namoro... eu queria escrever para lembrar, para não esquecer. pessoa que eu amei demais. e enquanto eu conto as histórias da minha busca por casa, eu tento arrumar a minha casa... porque a vida é feita de histórias. o blog segue. a busca pela casa segue, a vida segue...

2 comentários:

mamy disse...

Você é uma linda, querida, maravilhosa, sensível, perspicaz, guerreira, um presente que a vida me deu e eu te amo!!!
mamy

BEL disse...

LINDO! LINDA!