6.2.12

vai vendo...

Cena 1: a gente no mercado procurando um vinho bacana p’ra comprar. Aí vem a consultora, que entende tudo de nada e começa a falar sobre vinhos e classificações. E faz a clássica pergunta – vão tomar o vinho com o que? Carne? – é, sim, sim.

Cena 2: a gente enche o micro porta-malas do carro alugado. Enche a parte de trás do carro de coisas. Pega a sacola com o vinho comprado para comer com carne e parte rumo ao sul do Chile.

Cena 3: depois de horas dirigindo a gente derruba o corpo em um hotel qualquer. E entenda-se por qualquer, qualquer... O vinho está ileso.

Cena 4: dia seguinte a gente pega mais estrada. Vê queda d’água marromeno. Lago Villarrica lindo. Vulcão que, p’ra quem nunca viu, leia-se eu, é emocionante. E a fumacinha lá em cima. A gente segue mais um tanto e chega numa cidade que é puro charme. Acha um hotel decente e se instala. Vinhos saem do carro e entram no quarto.

Cena 5: depois de irmos na praia do lago do vulcão a gente já pendurou roupas molhadas no suporte da TV. A roupa de poeira de vulcão está ali em outro canto. As malas estão por toda parte. O queijo divino cheia a bicho morto dentro do quarto. E é chegada a hora de abrir o vinho.  Paty – vou pedir copos p’ra senhorinha dona do hotel. Eu – tem ali no banheiro! Paty volta com dois copos de plástico estampados. O vinho que foi comprado para ser consumido com carne está sendo acompanhado por uma das poucas coisas que sobrou, uma torrada sabor quatro queijos. Mas veja bem, poderia ser carne!

Nome disso? Glamour!

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