5.11.11

enquanto o guimarães não vem...

já declarei a minha paixão por guimarães rosa. mas não é ele a bola da vez. ganhei há uns meses o livro 'os caminhos de mandela'. e é ele que vai p'ra praia comigo aos fins de semana, p'ra olhar o céu azul e contar andorinhas. não, não é um livro de auto-ajuda. é um livro de vida. tem um outro livro que foi várias vezes comigo tomar sol, mas esse eu ainda não dei conta de terminar! já conto... então eu quis esse trecho aqui:

esforçamo-nos para julgar as pessoas pela essência de seu caráter, mas nelson mandela sabia que, às vezes, a melhor forma de ajudar os outros a ver seu caráter é por meio da maneira como você se apresenta. toda a sua vida mandela se preocupou com a aparência das coisas - da cor da sua camisa à forma como uma política era apresentada a seus partidários e ao quão ereto ele conseguia permanecer. ele nunca diria a alguém para não julgar um livro pela capa porque ele sabe que todos fazemos isso. embora seja um homem de substância, diz que não faz sentido não julgar pela aparência. as aparências importam e temos somente uma chance de causar a primeira impressão. mandela adora roupas. sempre adorou. ele não diria que as roupas fazem um homem, mas que provocam uma impressão imediata. sua ideia é a de que se você quer representar o papel, tem de usar a roupa certa. começou a aprender isso quando era menino - seu pai cortou a própria calça de montaria para fazer-lhe uma calça para o seu primeiro dia na escola. seu pai estava determinado que seu filho não parecesse um 'nativo' incivilizado, vestido com uma manta.  [...] vestia-se daquele modo não apenas porque lhe dava prazer, mas porque, naqueles dias, os brancos também julgavam os negros pelo que vestiam, e ele não queria parecer um trabalhador comum, mas um profissional. [...] assim como fingir que se é corajoso pode se tornar coragem real, podemos sentir que se nos vestirmos como a pessoa que queremos ser nos deixa mais próximos de nos tornarmos aquela pessoa...

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